Ursos polares em perigo de extinção

27/06/2012 20:23

 

                                                                     

 

O urso-polar, também conhecido como urso-branco, é uma espécie de mamífero carnívoro da família Ursidae encontrada no círculo polar Ártico. Ele é o maior carnívoro terrestre conhecido e também o maior urso. Embora esteja relacionado com o urso-pardo, esta espécie evoluiu para ocupar um estreito nicho ecológico, com muitas características morfológicas adaptadas para as baixas temperaturas, para se mover sobre neve, gelo e na água, e para caçar focas, que compreende a maior porção de sua dieta.

A espécie está classificada como "em perigo de extinção" pela IUCN, com oito das dezenove subpopulações em declínio. Entre as ameaças que atingem o urso estão o desenvolvimento da região com a exploração de petróleo e gás natural, contaminação por poluentes, caça predatória e efeitos da mudança climática no habitat.

                                                                                  

Uma significante diminuição da população de ursos-polares atribuída a caça predatória ocorreu na Groenlândia e na União Soviética no início da década de 1930, e nos Estados Unidos no final da década de 1960 e início de 1970. Como resultado das perdas populacionais, um acordo internacional foi alcançado entre as cinco nações que abrigavam a espécie (Canadá, Noruega, Estados Unidos, Dinamarca e União Soviética). Estes países assinaram o "International Agreement on the Conservation of Polar Bears" em 15 de novembro de 1973, em Oslo, o qual proibia a caça não regulamentada e bania o uso de aeronaves e quebra-gelos nas caçadas. O acordo também obrigava cada nação a proteger as áreas de reprodução e rotas migratórias, como também em proceder pesquisas e compartilhar os resultados obtidos. O pacto e as ações resultantes tomadas pelos signatários foram responsáveis pela recuperação do urso-polar. A população total da espécie têm sido considerada estável desde a década de 1980.

                                                                                             

Em 2005 a população foi estimada entre 20000 e 25000 por pesquisadores durante o décimo quarto encontro internacional do "IUCN SSC Polar Bear Specialist Group" realizado em Seattle. Em 2009 durante o décimo quinto encontro realizado em Copenhague, a população encontrava-se estável, permanecendo a mesma estimativa de 20.000 a 25.000. Das dezenove subpopulações uma está em crescimento, três estão estáveis, oito estão em declínio e as outra sete não possuem dados o suficiente para se determinar a tendência populacional.

Contudo o desenvolvimento da exploração de petróleo e gás natural no Ártico tem representado um aumento das ameaças à espécie devido ao risco de derramamento de petróleo e também pelo aumento das interações entre humanos e ursos. Um provável derramamento de óleo no habitat ártico poderia resultar no acúmulo do petróleo entre as banquisas fazendo com que tanto ursos-polares quanto focas fiquem diretamente expostos ao material. Estudos têm mostrado que quando exposto ao óleo o urso pode absorver a substância ao lamber a pelagem ou a ingerir focas contaminadas, causando falência renal, desordens no sistema digestório e dano cerebral levando à morte. Outros efeitos incluem a perda do isolamento térmico pela pelagem suja, perda de pêlo e irritação da pele e olhos. Outra ameaça possível é a perturbação das áreas de maternidade pelos métodos de exploração, como inspeções sísmicas, e pelo aumento de veículos circulando na região que podem afetar as fêmeas prenhes na seleção de lugares para a construção do ninho, assim como fêmeas já instaladas que podem abandonar o ninho prematuramente ou então a ninhada.

 

                                                              

Os efeitos do aumento do tráfego de navios, poluição por componentes de perfuração dos poços de petróleo e barulho sobre os ursos-polares são desconhecidos. Nos anos recentes, o ecoturismo para a observação dos ursos-polares, especialmente em Churchill, Manitoba, tem aumentado expressivamente com um impacto positivo na economia local. A observação turística em Churchill no outono e por navios em várias áreas do Ártico no verão não tem sido associada com efeitos negativos sob as populações de ursos-polares.

                                       

Entretanto, sabe-se que o maior inimigo do urso polar é o constante desequilíbrio no efeito estufa. Esse fenômeno natural que equilibra a temperatura no planeta Terra, tem provocado a avanço do aquecimento global  que põe em questão a organização da sociedade humana e o avanço crescente de sua tecnologia exploratória. O aquecimento global está gerando desajustes no ciclo natural das temperaturas, climas e reprodução de espécies de flora e fauna.

No hemisfério norte, o grande exemplo de espécie ameaçada é o urso polar. O aquecimento global está causando o derretimento precoce das geleiras, alterando o período de migração dos pássaros e profundas mudanças no meio ambiente que desencadeiam-se em falta de alimentos para os ursos polares. O governo dos EUA já classificou o urso polar do estado do Alaska como uma espécie ameaçada de extinção.

                                                     

A classificação de extinção desta espécie ocorreu um dia após a exigência da Justiça norte-americana sobre a elaboração de um programa de proteção para o urso polar. No documento foram considerados estudos recentes sobre a diminuição do gelo no Oceano Ártico, na região do Alasca e do Canadá.

Há a previsão que dois terços dos ursos polares poderão desaparecer nos próximos cinqüenta anos. Na América do Norte, cerca de 89 espécies de plantas têm florescido precocemente na cidade de Washington e por falta de alimento, os ursos polares estão se tornando canibais. Além do hemisfério norte, as regiões do mundo que no momento sofrem com o aquecimento global de modo mais intenso são a África e a Ásia Central.